quarta-feira, 11 de setembro de 2019

ler-te....





já não adianta ler o passado,
o que escrevemos
ou os olhos disseram,
em cada onda perdida no areal...
era o tempo em que os dedos falavam,
e os lábios liam teu coração
por entre os contornos de teu corpo,
por entre as investidas da mão...
onda após onda,
aromas inebriando os sentidos,
o céu era sempre azul
e até a chuva de Agosto,
eram raios de sol
protegendo os amantes desprevenidos...
sabes, para quê ler o passado,
se há muito nos livramos desse fado,
em folhas de livros proibidos?


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