domingo, 29 de setembro de 2013

suor e lágrimas...



são as mãos que seguram,
os lábios que mordem e saciam
o irromper da plenitude...

vem a brisa, o canto das aves,
o suor agridoce, o brilho no olhar,
e tudo flui em encanto e quietude...



sábado, 28 de setembro de 2013

histórias de vida....



de que forma, de que jeito
se cuida da saudade,
quando dentro do peito
a dor existe, a chama arde?

leio e releio contos, histórias,
passam os filmes da vida
compactados nas memórias,
partilhados, passo a passo seguida...

e tanta história, tanta emoção,
em mil palavras seduzem
quem as lê, porque as lê o coração,
e no momento se reproduzem...

de que forma, de que jeito
se cuida da saudade,
se longa é a espera, curto o leito,
definhando na vida que passa, a mocidade...






terça-feira, 24 de setembro de 2013

finalmente... a chuva!!



soltou seus longos cabelos,
e assumiu sua liberdade na rua...

quem passava, parava,
vê-la ali, dançando na chuva
ainda que semi nua,
contornos suaves,
quase audazes,
tentadores, para quem sonha.
  
mas em tudo o resto, era alheio
seu corpo, que molhado pela chuva,
bronzeado, sem mácula do tempo,
dava asas à imaginação...e dançava...

e dançava... até seu corpo cair na exaustão...
deixou-se amparar pela árvore da praça,
pelo banco de jardim, refúgio de quem passa...
pudera eu te abraçar... ou só tocar tua mão....




domingo, 22 de setembro de 2013

outono...



era noite quando bati em tua porta,
lembras? deixaste entrar,
e a medo serviste o Outono que chegava,
o inverno das incertezas,
e a primavera que haveria de desabrochar...

repara... batem à porta!
é o Outono renovado a voltar...

parece que foi ontem, lembras?
e no entretanto, tanto sol, tanto verão, tanto mar...



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

versos, ou talvez não....



cada verso é uma história,
um sentimento, um desejo,
uma composição, 
um poema, um sorriso,
ou mesmo uma canção.

verso a verso,
melodiosas nascem as palavras
como que arrancadas do ventre,
umas vezes a fogo,
outras serenas, como o sol poente...

assim cantam os poetas
ou quem lhes sabe ler o coração,
assim sonham as almas,
os incautos da paixão
levados pelo sentimento...

eu sei, lua, estrelas do azul imenso,
musa dos olhos de água,
manhãs frescas da vida,
ou mar que sustem esta mágoa....
os versos que escrevo, são retratos, paixão sentida...




sábado, 14 de setembro de 2013

como uma árvore...



queria ser como a árvore de grande porte
que cresce, cresce, e lá do alto tudo vê...
aposto até que consegue ver os anjos no céu,
os caminhos da felicidade,
os trilhos que o destino nos ofereceu.

nas suas raízes, longas e fortes,
a sabedoria dos tempos,
a paciência que não se esgota
e se reforça nos contratempos...

braço a braço vou subindo, escalando
cada tronco da árvore...
um dia também serei copa, tocando,
beijando o céu...velarei por teu mundo...





na minha mão...



hoje não me verás sorrir
nem meus lábios dizer teu nome,
hoje, como as flores no fim do verão,
estarei triste, sem cor,
ao sabor do vento que há-de vir,
voando por aí, partilhando a dor,
e na palma de minha mão,
sentir o bater de teu coração... 





sexta-feira, 13 de setembro de 2013

na noite...



hoje não há estrelas no céu,
nem canto da lua,
nem um abraço teu...

vou fingir que não nasceu o dia,
que a noite se esqueceu
de me despertar, e só, tão só,
adormecerei num casulo só meu...




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

saudade....



de que é feita a saudade
e a dor da despedida?
de que é feito o amor
e a alegria á chegada?

sabes Amor, só na partida
sentimos o clamor
que brota dentro do peito,
e tudo fica sem jeito
se o regresso
não tem data marcada...

e assim se passam os dias...
e assim se inventam dias
que juramos não sonhar...
mas nós sonhamos sim,
e a saudade há-de ter fim...



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

divagando...





para ti, Diana

nas asas de Morfeu, descanso o espírito,
mergulho no mais profundo silêncio...
anjos e querubins voando no paraíso,
fazem parte do meu imaginário.

saudades da criança que foste um dia....





sábado, 7 de setembro de 2013

meus barcos...



lancei meus barcos ao rio,
barcos de pescador sem redes.
em cada barco, um baú de recordações,
histórias vividas ou violentadas entre paredes...

esses barcos não têm timoneiro,
não têm vela para seguir os bons ventos.
são barcos fantasmas, perdidos,
como os corações sós, sofridos, entre lamentos...

se os vires, não tenteis a salvação,
deixai-os seguir, naufragar entre as turvas águas,
deixai-os afogar, que se apaguem as memórias,
as agonias, os sonhos e as mágoas...




terça-feira, 3 de setembro de 2013

boa noite....




é noite, num setembro ainda de verão...
as noites quentes e ao mesmo tempo frias,
são como pedras no caminho dos sonhos
onde não existe paraíso nem imaginação,
apenas vales entre montanhas,
desfiladeiros vivos, ecos do coração...










segunda-feira, 2 de setembro de 2013

até amanhã...



passam os minutos, os dias, o tempo
que nunca soubemos ter,
que nada fizemos para viver...
girando a terra, adormecem as incertezas
num sono profundo, de tudo alheio,
esperando um novo renascer,
o sol da manhã, o perfume do teu ser...