quinta-feira, 21 de julho de 2011
Horas Mortas...
São vadias as horas que não passam,
tardias as frases que não dizes,
e os momentos que no tempo entrelaçam,
se esgotam em olhares infelizes,
que na memória viva massacram...
Como são tristes os amantes errantes,
perdidos no emaranhado da sorte,
corpos ondulantes, cambaleantes,
aqui e ali batendo "truz, truz," à morte,
e esta responde com sorrisos...sonantes...
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Olhares...
Um dia vou passar por ti
em qualquer rua, em qualquer lugar,
e sei que não te conheço
(mas que importa o conhecimento)?
e nesse dia, teu olhar no meu vai cruzar,
e eu sei que esse será o momento
que o tempo criou no tempo
que fará os olhos cintilar...
Aí, acredita no destino, na predestinação,
porque o amor existe, se abrires teu coração...
terça-feira, 19 de julho de 2011
Só mais um cigarro... (2)
Rapidamente queimo mais um cigarro,
e mais outro, e outro que vou acender...
este fumo, este cheiro, faz-me esquecer,
faz-me perder no turbilhão dos pensamentos,
sonhar onde os sonhos já não existem,
amar onde os amantes desistem...
Apago o cigarro...rudemente o esmago...
Ah se assim pudesse apagar mil memórias,
contos de fadas, ou simples histórias,
rios de felicidade, outros tantos de agonia.
Desculpem...preciso acender mais um cigarro,
inalar o fumo como se vital para a vida,
ou um passaporte para um fim consentido....
Dás-me lume? Perdeu-se a chama da vida...
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Na Cantina
domingo, 17 de julho de 2011
Inquietação
Abro minhas mãos ao vento
como se novas viessem de ti,
mas o vento não tem tempo,
e ao passar por mim...ri...
Ao sol abro meu coração
esperando por teu amor,
mas não traz carta ou canção
que alivie minha dor...
À chuva que copiosamente cai
pergunto onde te abrigas,
mas nada diz, e na levada se esvai
todos os sonhos, rasgos de dor...sem feridas..
Domingo com muito vento
sábado, 16 de julho de 2011
Dança na chuva...
No ar, uma neblina forte
querendo, sonhando ser chuva.
Que vontade de sair de casa,
livre de trapos, nu, espírito aberto,
e levantando os braços ao céu,
agradecer esta bênção...
Ah, se não houvera vizinhos
ou carros na rua a passar,
e eu fazia, juro que fazia,
dança da chuva nos meus pátios...
Quem me dera ser índio,
pele vermelha ou o Tarzan,
num ambiente só meu, só meu...
Lua Cheia
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Silêncio de Ouro...
E se de repente se fizesse luz,
não de uma lâmpada qualquer
ou de uma fogueira mais além,
mas se se abrisse um raio de sol
como por magia na escuridão,
e no meio daquele clarão,
um Anjo, Alguém celestial,
uma mensagem, um sinal
músicas vindas do além
orquestra tocando, sem ninguém!
Nada se passa no meio de tanta Graça...
Lá fora, pétalas de flores dançando
na breve brisa da noite...
Será miragem, ou o cansaço da viagem?
Sinto meus olhos pesarem
mas é tanta a paz interior...
terça-feira, 12 de julho de 2011
Palavras escritas
Abro mais uma página de um livro que ouso escrever...
Sei do que gostaria de falar, do que deveria falar,
sei também dos "medos" que me fazem calar,
e me recrimino, me atropelo de impropérios...
E, com o andar da "carruagem" me afasto,
desvio meus pensamentos de um trilho, de um norte...
A vida sem rumo, só traz má sorte...
Assim, leio mais uma vez as cartas que te escrevi,
e esquecendo o meu norte, reconheço que em ti vi
o que todo o homem quer...beleza num formato de mulher.
Nada de combates perdidos, guerrinhas de bastidor,
o meu combate será por ti, por algo que se chama AMOR,
ainda que por ti, tudo o que escrevo ninguém vai ler,
sim, porque és invenção, formato em moldação,
és de barro, ar, pó, quem sabe nascerá uma mulher??
terça-feira, 5 de julho de 2011
Acordes...
São belos os acordes desse piano,
que teus dedos suavemente tocam
e meus pensamentos envolvem
em fantasias que não ouso falar...
Como são belos os acordes desse piano
por quem me deixo embalar
e sonhar...e sonhar...
Porque paras?
Não queiras ver lágrimas sangrando
de dentro de mim, pedaços de coração
se espalhando pelo chão...
A melodia desse piano
é a minha fantasia,
a minha ousadia
que me levam à paixão...
A vida ainda é tão curta...
Não deixes neste palco cair o pano...
domingo, 3 de julho de 2011
Histórias e afins...
Cinzenta e triste a tarde de Domingo...
No meu silêncio, leio e releio o que escrevi,
tantas e tantas as páginas,
histórias, pedaços de vida que vivi,
sonhos, sentimentos, tormentos...
Ouso parar, é preciso parar...
Amanhã é um novo dia,
quem sabe o sol vai brilhar??
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