sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Bom Ano 2011
Fazem-se contas à vida,
o que correu bem,
o que correu mal,
os planos que falharam,
ou alegrias que chegaram...
Tudo é passado.
O novo ano está aí.
Faça-se barulho, muito barulho,
a música que não pare de tocar,
contem-se as passas para brindar,
dinheiro no bolso para ajudar,
e um salto na cadeira para brindar.
5-4-3-2-1- FELIZ ANO NOVO 2011
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Tuas Mãos
Em tuas mãos, suaves, de branco mármore,
mãos que apertam as minhas,
o calor de um corpo ardendo,
talvez de amor sedento,
e que a cada passo se vai perdendo.
Não toques mais outras mãos,
por favor, calça luvas de cetim,
e assim, amor de meus segredos,
quando chegares até mim,
poderei espantar meus medos
com o calor de teu corpo pelo chão...
Ah... tal como te imaginava e queria...
Louca, ferozmente louca de paixão,
corpo agonizando, voz em rouquidão,
ansiando, suplicando para não mais ser dia...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Estranha forma de Vida
É manhã cedo, muito cedo,
quase ninguém por aí,
e quem vejo, não me vêm,
são seres mutantes,
tristonhos, caminhantes
perdidos nos seus sonhos...
Finjo ser um deles,
passada larga,
deambulando à solta,
costas derreadas,
mochila com a sopa entornada,
olhar enjoado para a vida...
Maldito o dia que o viu nascer,
maldita a sorte, por a morte o não querer.
Não, não, deixem-me sair...
esse mundo tem o diabo a sorrir,
e os meus sonhos...os meus sonhos...
alguém os fará florir...
quase ninguém por aí,
e quem vejo, não me vêm,
são seres mutantes,
tristonhos, caminhantes
perdidos nos seus sonhos...
Finjo ser um deles,
passada larga,
deambulando à solta,
costas derreadas,
mochila com a sopa entornada,
olhar enjoado para a vida...
Maldito o dia que o viu nascer,
maldita a sorte, por a morte o não querer.
Não, não, deixem-me sair...
esse mundo tem o diabo a sorrir,
e os meus sonhos...os meus sonhos...
alguém os fará florir...
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL
Como seria o mundo se não houvesse Natal?
Como inventar um sorriso nas crianças, se não houvesse prendas de Natal?
Como inventar o dom da partilha, se não houvesse espírito de Natal?
Como seria o mundo, se não houvesse esperança num mundo melhor?
PARA TODOS UM SANTO E FELIZ NATAL
(o meu abraço apertado para todos os Amigos)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Até já...
Reconheço que minha vontade de escrever, definha dia a dia.
Reconheço também que meu tempo, o tempo que me dá tempo para fazer o que quiser, já não existe. Aquele meu tempo foi tomado pelas notícias em catadupa que gosto de ouvir e comentar, pela necessidade de olhar em meu redor, e num sorriso me prender, nem que seja à flor que precisa de gotas de água para sobreviver. Assim, o meu tempo passou a ter outras prioridades, que não a de escrever, aliviar um pouco a alma, passar para outrem os segredos que até aí eram só meus.
Sendo assim, porque não fazer uma pausa, um interregno numa história que pouco tem para contar?
Sem despedidas, sem lamentos, um comprometedor "até já"
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Meu Mar...
http://farm4.static.flickr.com/3123/3212577264_c7d913c109.jpg
Tem dias que falo com o mar,
e ele me ouve, me entende,
e mesmo no seu jeito bruto de ser,
se amansa, a meus pés vem ter,
me sussurrando, segredando
seus desgostos de amor...
Como eu te entendo meu mar,
e tu sabes, do meu errar
por caminhos de dor...
Abraça-te a mim,
façamos amor,
e no clímax maior,
se fechem meus olhos, chegou meu fim...
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Rumo ao Céu
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Teu Sorriso
Sorrio para teu sorriso...
(lindo teu sorriso).
Espera, deixa-me captar,
deixa-me guardar,
deixa-me levar
para mais tarde recordar
o teu sorriso...
Se eu pudesse pegar,
faria de teu sorriso
meu altar,
meu local de peregrinação,
minha obsessão...
Espera um pouco mais...
Se se acabar teu sorriso,
não sorrirei jamais,
penso até que morrerei,
da sombra que serei,
pelas ruas perdido...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Quando ela passa...
http://popgirl.blogtv.uol.com.br/img/image/PopGirl/2009/Abril/angelina_jolie_2.jpg
Anda excitado o povo da aldeia...
Quem é ela, quem a nomeou?
De que pedra preciosa brotou,
ou de que mar nasceu sereia?
Seu andar pecaminoso, cruel,
desbarata nos homens o olhar,
fá-los parvos, loucos, a sonhar
com delícias e momentos de mel...
E ela passa, tudo em volta pára...
Seu rosto frio, sorriso gélido,
fazem-na deusa, obra rara.
Mas oh vá tentação, desilusão,
vede seu coração pérfido,
não é gente não, é pura ilusão...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Indecisão
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Fala-me de Amor...
O que é o amor?
Que massa é sua composição?
Que matéria, que vida,
que estranha ligação
nos faz andar à deriva?
Amor, Amor, Amor,
é fogo, é ardor,
é um estranho dentro de nós,
é um nunca estarmos sós,
é um pecado mortal.
É um ritmo infernal,
é musica, é canção,
é balada de mão em mão,
és tu e eu afinal,
corações de manteiga,
adrenalina sentimental...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Eu, em definição...
Tento me encontrar e não me encontro,
ou talvez não exista, ou me esconda
me refugiando no silêncio, sem confronto,
sem debates estéreis, pouca monda...
Meu mundo é interior, belo, e de rara leveza,
sensível, por quem os olhos falam por mim,
recatado, fulminado, extasiado pela beleza
de uma mulher, por um corpo envolto em cetim...
Podem falar, guerrear, ou até xingar,
que quando ela entrar, tudo em volta ruiu,
meus olhos a tomarão com o olhar.
E quando ela sair, cabisbaixa, envergonhada,
sentindo-se nua por quem a despiu,
deixai-me sonhar, será minha na madrugada...
sábado, 6 de novembro de 2010
Viver sem medo
Gostaria de acordar um dia e olhando em meu redor, ver que algo tinha mudado, que o
meu país era um país civilizado, moderno, onde não havia corrupção, injustiças, onde não havia "chico-espertos".
E o meu país, era bem dirigido, tinha um governo que se interessava pelos problema das pessoas e a bem de todos os resolvia.
E este meu país não admitia "pedidos", "cunhas", não admitia subornos. Todos tinham oportunidades de mostrarem suas aptidões e a todos eram dadas garantias de justiça.
As pessoas, apesar da crise mundial, viviam bem, sem viverem acima das suas possibilidades, porque os governantes também assim o faziam, dando o exemplo
Era um país ordeiro, acolhedor, com um povo feliz, onde cada visitante se sentia como em sua casa.
Esse era o meu país de faz de conta, como podia ser qualquer empresa, mas a realidade é bem diferente, onde as pessoas não interessam, e se olharem ao espelho, verão um simples número estampado na testa.
Neste país, onde existe riqueza mas que é só de alguns, onde o fosso entre ricos e pobres cada ano que passa aumenta, as pessoas (as pobres pessoas), se curvam, se acomodam, se endividam, já nem sabem sonhar....
meu país era um país civilizado, moderno, onde não havia corrupção, injustiças, onde não havia "chico-espertos".
E o meu país, era bem dirigido, tinha um governo que se interessava pelos problema das pessoas e a bem de todos os resolvia.
E este meu país não admitia "pedidos", "cunhas", não admitia subornos. Todos tinham oportunidades de mostrarem suas aptidões e a todos eram dadas garantias de justiça.
As pessoas, apesar da crise mundial, viviam bem, sem viverem acima das suas possibilidades, porque os governantes também assim o faziam, dando o exemplo
Era um país ordeiro, acolhedor, com um povo feliz, onde cada visitante se sentia como em sua casa.
Esse era o meu país de faz de conta, como podia ser qualquer empresa, mas a realidade é bem diferente, onde as pessoas não interessam, e se olharem ao espelho, verão um simples número estampado na testa.
Neste país, onde existe riqueza mas que é só de alguns, onde o fosso entre ricos e pobres cada ano que passa aumenta, as pessoas (as pobres pessoas), se curvam, se acomodam, se endividam, já nem sabem sonhar....
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Destinos
http://farm1.static.flickr.com/243/528845225_5bf861fc63_o.jpg
Onde pára teu olhar,
esse olhar que me trespassava,
que me prendia,
que me sufocava??
Onde pára teu sorriso,
contagiante,
lindo, e ao mesmo tempo cruel,
num olhar cintilante?
Onde pára tua vida,
teus sonhos, teu querer,
teus projectos, teus desejos,
tua vontade de viver?
Em que parte parámos nós?
Saberemos a resposta algum dia?
O amor não ousou sobreviver,
apenas o desejo nos prendia...
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Fumo e vida
domingo, 31 de outubro de 2010
A Ira do Vento
http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/5731743.jpg
Chamas-me como se me quisesses abraçar,
como se me quisesses mostrar
o quanto é forte e dominador teu sopro...
Através das telhas que me cobrem,
ouço-te mas não te vejo,
arrepias-me com teu forte silvar,
mas sem me intimidar...
Não passas de vento,
ar, lufadas de ar em movimento...
Repara, ninguém na rua,
tudo se refugia de tua ira,
mas amanhã quando o sol descobrir,
milhões irão novamente sorrir
te amaldiçoando por tanta desgraça...
Vai vento, vai repousar,
chego de tormento num dia de graça.
Como um rio...
http://jn.sapo.pt/Storage/ng1322255.jpg
(ficção)
Dolorosa e tão difícil a separação...
Entre nós a ténue linha de uma parede,
um abismo em forma de rochedo,
um precipício cavado pela teimosia...
Do lado de cá, sinto tua respiração,
cada lágrima que cai no chão,
teus dedos a parede tacteando
como se pudessem alcançar os meus...
Triste, dolorosa e perversa ilusão...
Cai a noite, o desassossego,
as voltas e mais voltas na solidão,
a procura de companhia na TV...
Sinto-te do lado de cá, a meu lado,
tais os ruídos, o ensurdecedor de teus passos
que ecoam no espaço vazio...
Preciso sair, correr, ganhar espaço,
e como a correntia de um rio,
deixo-me doentiamente levar para o mar,
mar de espuma, de força, de morte...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Teus Olhos Castanhos
http://ipt.olhares.com/data/big/189/1890454.jpg
São teus os olhos que me prendem,
Castanhos, virgens no olhar...
Teu sorriso é doce e me faz sorrir,
tua voz,...um convite sem mensagem,
um dilema, um feitiço no ar,
baralho de cartas a ruir...
És um sonho lindo, proibido,
pétalas que ninguém ousa tocar,
rastro de perfume no caminho,
talvez sinfonia, ausência de ruído,
auréola de luz no teu caminhar,
cegueira para quem olha,...desalinho...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Uma Estrela, Uma Lágrima...
http://sergio.pestana.zip.net/images/LAGRIMA.jpg
E do céu caiu uma estrela,
uma gota do firmamento,
uma lágrima de sofrimento,
talvez de um amor perdido...
Em lenço de seda perfumado
a protejo, triste momento,
como se a lágrima perdida
fosse de um amor antigo...
E outras estrelas choram
lágrimas de arrependimento,
corações largados no tempo...
São amores que imploram
pelo seu pedacinho de céu,
por seu fugaz momento...
Triste o fado de quem se perdeu
por um amor sem consentimento...
sábado, 23 de outubro de 2010
Chamas de Vida
http://alandroal.weblog.com.pt/arquivo/lareira.JPG
Crepita o fogo na lareira acesa...
Teu rosto, é o espelho desse fogo,
que incendeia meu corpo atento.
Pensamentos proibidos, eróticos,
varrem meu pensamento,
me alertam para a ténue chama
que julgava com ténue vida...
Crepita o fogo na lareira acesa,
renasce a paixão antes proibida...
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Sonho Azul
http://t0.gstatic.com/
Eram verdes os teus anos e sonhavas...
Vias estrelas onde existia céu,
sol, onde o dia ainda clareava,
e tudo, metodicamente planeavas...
Mas o céu lentamente escureceu.
nuvens carregadas, ameaçadoras,
invadiram o teu sonho azul.
O teu sonho lindo, azul,
onde os pássaros falavam,
onde os cães jogavam à bola,
onde os carros voavam,
num país sem pobres a pedir esmola...
Eram verdes os teus anos...
Foram verdes os teus sonhos...
Serão verdes as folhas da cameleira,
mas negros os teus planos de algibeira...
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Dás-me lume?
http://4.bp.blogspot.com/mulher+fumando.jpg
Faz-se tarde na tarde fria,
solta-se o vento,
os espíritos da noite,
e caminhando no tempo,
procuro onde pernoite...
Abres-me a porta de teu ser,
onde me abrigo,
onde sacio meu querer,
e cansados da madrugada,
acendemos mais um cigarro.
E mais um, na noite fria,
que partilhas comigo,
sem exigência, sem queixume,
e num olhar de amigo,
num olhar atrevido, dizes, "dás-me lume??"
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Teu Corpo ao Vento...
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Sombra de mim
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Apocalypse
Ouçam...ouçam as vozes,
os murmúrios,
ou o silêncio de quem passa...
É o meu povo que na desgraça
se amordaçou, perdeu a graça...
Triste país o meu,
triste a história para contar,
assim como o rei desapareceu
no nevoeiro de além mar,
sobre nós desceu o breu do céu...
Ergam-se cavaleiros da desordem,
avancem soldados na pilhagem,
que outros roubaram o que não era seu...
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Outono...(cair da folha)
Caem as folhas na fria estrada,
como filhos largados pelos pais,
desamparadas, feridas de amor.
E nesse instante momento,
a recordação da primavera passada,
o bailar com o vento,
o aceno às pessoas que passavam...
Como foi curta a vida,
atroz e insensível
a transformação sofrida...
Percorrendo a estrada,
fria, de folhas enlameada,
lá vai o cantoneiro,
carrinho e vassoura na mão,
também ele insensível à ocasião...
E as folhas já moribundas,
pressentido o destino cruel,
se abraçam num acto final,
antes do fogo, antes da morte...
Triste fado...triste sorte...
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Lágrimas
(ficção)
Uma lágrima rola em teu rosto,
e mais outra atrás de outra
nesse rosto fino, cerâmico,
pincelado de cor pastel,
rosto moldado por acto de amor...
Não chores...
Não queiras que sulcos de dor
te marquem para a vida.
Como tudo que nasce, tudo morre,
nada é eterno, nem o amor prometido,
nem as juras de amor à luz da lua...
Olha bem fundo meu coração,
também ele chora de dor,
também ele bate de emoção...
Na memória, mil telas de cor,
gestos silenciosos de amor...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Minha Terra, Minha Gente
É fresca a manhã de meus sonhos,
sonhos que aguardam o nascer do sol,
o nascer da vida...
E contemplando o ar húmido da manhã,
liberto meus pensamentos pelas serras,
pelas planícies que prendem meu olhar.
Ó minha terra que te quero tanto, tanto,
onde os sonhos morrem ao nascer,
onde te abres para nos acolher...
Minha terra, porque estão teus olhos em pranto
quando em pranto estão os dias a morrer??
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Destino e Fantasia
Fixo teu olhar mais uma vez...
Preciso dizer, mas será mais fácil escrever
o que aperta meu peito...
Fixo teu olhar mais uma vez...
Queres escrever um poema comigo?
Não precisa rimar ou ter rigor métrico,
basta deixarmos falar o coração.
Pego tua mão, tua singela mão,
como se ela me ditasse o que escrever,
como se também tu precisasses dizer
o que sentes, sem dar a entender,
sem que ninguém ouse perceber.
Pego tua mão, tua singela mão,
e num abraço de cumplicidade,
sorrimos, de volta à realidade...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Mau Tempo
Ouve-se o vento, forte, agudizando,
qual alma perdida na noite,
qual cadáver se elevando da terra fria...
Fecho os olhos, desperto meus sentidos,
e todo o meu corpo se arrepia
augurando desgraça, choro, gemidos...
Deus do Vento e da Tempestade, tem dó de nós...
Olha, despidos estamos, a pobreza é demais...
Em cada esquina, cada janela, se ouvem "ais"
temendo o momento, se protegendo de vós...
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Sentidos Proibidos
É de silêncio o ar que respiro,
de vida, o coração que bate
por mais um dia, ou um suspiro,
que importa, se viver é arte...
E arte, é o que meus olhos em ti vêm
quando teu corpo ritmado passa,
meus sentimentos coram e lêem
virtudes, ou pecados com graça...
E perfumado é o teu caminho
deixando rastro de felicidade,
amor, paixão, algum desalinho.
Inebriados ficam meus sentidos,
creio mesmo não enxergar verdade,
onde os sentidos são proibidos...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
No Meu Olhar
Vida
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Bolas de Sabão
domingo, 26 de setembro de 2010
Renovação
Preciso respirar ar puro,
descontaminado, filtrado,
preciso de limpar todo o meu interior,
e se preciso for,
me peguem de pernas para o ar,
chocalhem-me
até tudo sair pela boca fora...
E depois de tudo, no fim de tudo,
deitem-me ao mar,
deixem-me bater bem no fundo,
e só quando meus olhos revirar,
icem-me, rápido, soprem-me novo ar
para de novo renascer...
Preciso renascer,
Anseio viver...
sábado, 25 de setembro de 2010
Outono
O sol teima em brilhar, em aquecer.
Lá fora ainda se sente o verão,
o convite para o mar, tocar a água
num sonante mergulho, rejuvenescer...
Mas este verão está fora do tempo,
e como tudo na vida, sem mágoa
deveria morrer, para renascer...
Onde param as andorinhas,
o chilrear dos pardais,
os dias longos, festas na aldeia?
Tudo passou, hibernou.
Se o mundo existir, se a primavera deixar,
no novo ano hás-de vir
dentro do teu espaço, até o Outono chegar.
Outono, entra...estás entre amigos...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Banco de Jardim
Um banco de jardim é meu poiso,
onde adormeço, onde sonho,
onde descansam as gaivotas...
Aqui analiso quem passa,
os velhos que por ali deambulam,
as mulheres em pose de engate...
Tudo daqui se vê, se pressente,
quem diz verdade...quem na verdade, mente...
Os bancos de jardim sabem coisas,
segredos contados na primeira pessoa,
companheiros inseparáveis na solidão...
E há um velho que triste passa,
olha-me, e a medo pergunta:
Dás-me lume?
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Pingos de Chuva
Feliz, olhei o céu, o cinzento prometedor...
Sorri, e pacientemente me deixei levar...
Este momento, este desejo que pairava no ar,
me fizeram recuar no tempo,
aos dias de infância, brincadeiras de criança,
onde os pingos de chuva nos faziam sorrir.
E hoje, sorrio novamente para a chuva,
e cada gota que salpica minha pele
eu a beijo, ternamente a beijo,
como dádiva divina em meu ser...
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Apenas na manhã...
http://img.alibaba.com/photo/306460627/bus_stop_shelter.jpg
Paragem do autocarro, 7:30 horas da manhã. É pouca a gente na rua, quase sempre os mesmos, e cada ser tem sua tara, mania, cada um tem algo só seu que o identifica, a sua personalidade.
Olho cada um sem prender seu olhar (que pensariam de mim...) e neles vejo resignação, apatia, noutros vejo dor, sofrimento, e noutros ainda a loucura ou o principio do fim. Triste fado de quem vive assim, de quem olha em redor e nada deve ver, porque não há nada para ver...
Olham o silêncio, o vazio, olham sem se aperceberem dos autocarros que passam, do metro que vai e vem. Estes seres não estão ali, e nada me diz que estão vivos, presentes neste mundo que ainda tem alguma cor.
Deixo de pensar em quem me rodeia (farei eu parte desta teia?) e busco meu intimo, meu sentido na vida
É dificil a pesquisa, e ao mesmo tempo me atropelo em montanhas de ideais, outras tantas de sentimentos, mares de felicidade.
O ser humano que nasceu da perfeição, tudo altera, se consome em futilidades e no dia a dia permite que se diluam no nada as sua legitimas ambições, seus desejos de felicidade e sonhos por realizar..O ser humano é um poço de contradições
Chega o autocarro e nele a viagem com destino certo, sempre pelas mesmas ruas, sempre com a mesma paisagem
Aqui e ali, "bolsas" de gente, resignados, numa prisão feita à sua medida que é a estação do metro. Não se falam, não se olham, não se conhecem, quem sabe não se odeiam? Olho para eles enquanto dura o semáforo (outra forma de prisão), e sinto pena, pena de que se me olharem com olhos de ver, também terão pena de mim..
domingo, 19 de setembro de 2010
Deserto...
Hora nocturna, sem desejos, em desvario,
hora morta, no silêncio que se impõem.
No seio de mim, bate forte o pensamento,
ruge, desespera-se na contradição...
No momento presente, neste ar que respiro,
parir seria eleição, gratificação talvez
para o deserto que em mim floresce...
Fazer nascer palavras, sentimentos, sonhos,
fazer nascer sem o tempo para dar à luz,
nesta hora nocturna, sem desejos, em desvario...
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O Aconchego da Noite
Fez-se noite,
sem ruídos, sem sombras,
apenas noite...
E na noite,
na calmaria que se sente,
o sabor da chuva em forma de orvalho.
Rostos se iluminam,
sorriem,
e na calmaria da noite,
o convite,
o desejo,
o partilhar dos corpos...
Fez-se noite,
fez-se dia com o brilhar da paixão...
Corpos ondulando,
se curvando em ritmos loucos...
Alguns gemidos...roucos...
Fez-se noite,
cai a chuva,
pasma-se a vida...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Metas e Objectivos
Tracei metas, objectivos,
planejei, sonhei,
nada cumpri,
de alguns, até esqueci...
E agora que nada traço,
da vida nada peço,
sou feliz...
A vida, tudo me dá,
o destino assim o quis...
Que adianta querer o mundo,
O sol, a terra, a lua,
dominar a cada segundo,
e ter medo da sombra, na rua?
Nada tenho, nada peço,
minha vida é livro aberto,
e cada folha a desfolhar,
é novo dia a despontar...
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Sombras na Noite
domingo, 5 de setembro de 2010
Viagem ao Douro - 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Faz-se Tarde
http://blogdareforma.files.wordpress.com/2010/05/quarto-de-casal.png
Faz-se tarde meu amor, tarde
como a noite após o longo dia,
como o sentimento que não arde,
num coração em lenta agonia.
Faz-se tarde pela tua ausência,
pelos desejos já ressequidos,
pelos lençóis sem vivência,
pelos sonos em vão perdidos...
Meu amor, estranho amor...
O quarto, tem silêncio no vazio...
Choram as paredes sem cor...
Faz-se tarde...Tarde na vida...
O amanhã traz ares de arrepio,
o amanhã tem a esperança perdida...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Da Minha Varanda
A minha varanda é o meu mundo,
é um olhar para a gente que passa,
os bandos de pássaros em remoinho,
o nascer e o pôr do sol...
Da minha varanda me lanço no espaço
e me deixo levar pelo coração,
e tal e qual a andorinha que esvoaça,
pressentindo o fim do verão,
liberto meus sentimentos,
dou-lhes asas, buscando emoção...
A minha varanda é o meu mundo,
onde eu existo, sonho,
onde tudo ainda faz sentido...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Rosa Branca
Contigo, partilho a dor do corte,
do aço fino e penetrante
que esventra teu corpo,
dilacera teus espinhos...
Lágrimas brotam de teu ser
tombando no chão frio e inerte...
Minha rosa branca e perfumada,
que sonhavas ser rainha no jardim,
te prenderam, subjugaram num ramo,
te levaram, afastaram de mim...
Minha rosa branca e perfumada,
Serás sempre flor amada...
E quando por fim chegar a hora,
e tuas pétalas perderem cor,
chama por mim no teu grito de dor,
meu coração sentirá teu chamamento...
E tu minha rosa branca e perfumada.
serás minha rainha, serás amada...
(a todas as rosas de meu jardim)
domingo, 29 de agosto de 2010
Dia de Domingo
sábado, 28 de agosto de 2010
Destino Final
Soltam-se os sinos na igreja,
sons únicos que ecoam no tempo,
quatro tábuas repousam no chão,
almas "vivas" aguardando o momento...
"Companhia" que ninguém vê,
perfume que ninguém sente,
seu caminhar sente-se na aragem
que nos atravessa, nos trespassa...
Ouve-se a oração, a ladainha,
um adeus até outro mundo,
e as almas se recolhem, repousam
num sono eterno, profundo...
De pó, é seu corpo efémero,
em pó, cinza, restos, lixo,
o tempo tratará do impuro,
será o que ninguém quer...
Fecha-se um tempo, um ciclo,
cerram-se os olhos na recordação,
tudo vai passar, atenuar,
novas vidas se seguirão...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Beleza em forma de Mulher
http://www.hephesto.com/agrega/wp-content/uploads/2008/12/mulher-bonita.jpg
Tanta beleza nesse rosto, nesse olhar....
ah se eu te conseguisse tocar,
se eu te conseguisse pelo meu olhar
chegar até ao fundo de ti,
a cada ponto mais sensível de teu ser...
ah se eu te tivesse aqui,
onde as horas morrem no sabor do tempo
e o meu tempo não tem horas,
onde serias a minha noite e o meu dia
o meu principio e o fim...
ah se fizesses parte de mim...
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