quinta-feira, 15 de julho de 2010

Doação...




Se me pedires um doce, eu dou...

se pedires companhia, eu vou...

se meu abraço te fizer bem, eu dou...

se saltares no abismo, também vou...

mas não me peças meu coração,

o amor, nem que seja em oração,

porque esse, o doei em mão...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Guardador de Rebanhos


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Quis eu um dia ser pastor,

guardador de rebanhos,

quis ser parte da natureza,

quis casar com ela,

paisagem sem poluição,

verde como meus olhos,

por quem se perdeu meu coração.

Cheguei a fazer mestrado,

cursos até mais não,

mas eu só queria um cajado,

a meu lado, um fiel cão,

e a pastar, meu rebanho.

Mas meu pai não deixou...

A cidade não deixou,

o conforto não deixou,

e meu sonho...esse se desmoronou...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

No Teu sono


http://blogmais.files.wordpress.com/2009/09/sono.jpg


Profundo é o teu sono,

teu silêncio...

De olhos cerrados,

respiração serena,

rosto sem marcas,

em ti deposito meu olhar,

te observo,

te admiro,

talvez até me encante...

E à memória vêm lembranças

de outros sonos,

de outros encantos,

onde a juventude vivia

e parecia sorrir em teu silêncio...

Tempo cruel e marcante

que em ti ficou, se apegou,

qual lapa traiçoeira

numa vida passageira...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Amizade




(A uma Amiga muito especial)


Teu sorriso, um poema,

cada palavra tua, um doce...

Tua Amizade, seria tema,

talvez versos de uma canção

ou as rimas de um refrão...

Pudera eu cantar, ou exaltar

tua pose de simplicidade,

gestos finos, com verdade.


Sim, te admiro e respeito

de forma simples, meu jeito

de ser, que bem conheces,

e de coração, deixa-me dizer:

"obrigada por assim ser..."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Velhos...

Os dias passam a correr,

a vida passa a correr,

os sonhos morrem ao nascer...

encostado na berma do passeio,

o velho fala sem saber o que diz,

o velho ri sem se sentir feliz,

o velho não quer saber de asseio...

olho para ele mais uma vez

pobre e abandonado

deve se sentir resignado

talvez desabafe com o vinho

(seu único e fiel vizinho)

enquanto não lhe bate o destino



Assim pudera eu ser

cantor do amor, da mulher,

canções que ninguém quer escutar

letras que ousei inventar

e que na berma da estrada irei cantarolar