quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Olá...

Olá, como vais?

E este "olá" é um pedido, quase uma prece

por ouvir tua voz...

Se poderes, responde olhos nos olhos,

nesse olhar que creio não me engana,

esse olhar, que sorrindo, me fascina...

Sim, como vais?

Que é feito de teus sonhos,

de tuas fantasias de menina e moça?

Que é feito dos desejos, das paixões,

dos suspiros que a noite escondeu?

Talvez eu nunca vá saber,

ou se souber, não queira entender.

Abro a "janela" mais uma vez...

É teu sorriso que me responde

em labirintos de promiscuidade,

um sorriso que sei não ser só meu,

(talvez nunca tenha sido meu...)

Renovo meu cumprimento,

meu desejo, que poderá também ser teu.

Olá, como vais?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dia a Dia...

E todos os dias têm a mesma história, todos os dias acabam por ser iguais...

O mesmo percurso de sempre, as mesmas companhias de sempre e até na paragem do autocarro, logo pela manhã, o acolhimento de sempre "Bom dia como está?" e na partida "até amanhã".
Sim, fazem-me sentir que existo no meio da multidão...

No regresso a casa, pouco muda, muitos rostos, uns conhecidos, outros não, mas a certeza de que chegando a casa, ouvirei o latir dos meus cães e o piar atabalhoado de meu canário

A vida também é feita destes pequenos gestos, pequenos sinais, que um dia faltando, aí nos damos conta de que estamos mais sós...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Reencontro

Abrandou o carro bem perto de mim. Abriu o vidro e tirou as dúvidas sobre se realmente seria a pessoa que imaginou passar por ali. Com um sorriso sem jeito, pronuncia um "olá" como se tivesse receio de não obter resposta...

Devolvo-lhe o "olá" com carinho e com uma ponta de saudade em cada letra...

E cada um segue seu caminho...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cai chuva lá fora...

Cai chuva lá fora. Chuva miudinha, quase silenciosa, que dá gosto ver e que nos leva
longe o pensamento...

Pensamento...Deveria ser proibido pensar quando chove assim...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sem Rumo


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Sem nada marcado, sem compromisso,

encontramo-nos no cais da vida,

ancoragem para barcos sem rumo,

para passageiros à deriva...


Entramos, sem destino definido,

sem palavras de ocasião...


Pegas a medo minha mão,

e olhamos o futuro perdido,

olhos nos olhos...no ar, a questão,

será que tudo faz sentido??