quarta-feira, 29 de julho de 2015

respirar.. é preciso...



como uma vela acesa num quarto escuro,
chama ziguezagueando entre a vida e a morte,
periclitante, mas com ânsia de chegar longe,
tão longe quanto o pavio deixar,
assim é o ar que respiro, sufocante,
impenetrável nas veias do meu ser.
imagem dilacerada, terrivelmente provocante,
de dias sem dias para viver...






domingo, 5 de julho de 2015

ondas de verão...



belas as manhãs de sol e mar,
de brisa, corpos morenos e ruídos,
ruídos de quem não tem o amanhã,
mas vive, devora cada momento,
como só as crianças, e as ondas no areal...

deixo-me embalar, e parto com os sonhos
na crista de cada onda,
até onde me leve o acordar...
como um barco que parte até se esconder no horizonte,
assim é meu desejo, vontade indelével
de não mais voltar...