ainda chamas pelo verão,
pelas manhãs de nevoeiro,
pelo amor nas dunas?
tudo era silêncio...
para quê falar
se os corpos se entendiam
e sorriam à paixão?
mais abaixo, o mar,
o sereno enrolar na areia,
e nesse embalar,
cada olhar, cada beijo,
era mais uma estreia
para espicaçar o desejo...
tão leve teu corpo
baloiçando ao sabor da brisa,
teus cabelos esvoaçando,
e teus peitos sussurrando
pelos lábios meus...
tão bom adormecer nos braços teus...