terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu e o MAR

Manhã de finais de Junho,

sol, muito sol,

um cheirinho a mar,

perfume que baloiça no ar,

um convite, uma tentação,

um passeio pelo areal,

mão cheia de água,

fio de vida na minha pele,

corpo carente de sol,

e na despedida,

sem lágrimas, sem dor,

olho o mar outra vez e digo,

Até amanhã meu amor...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Falar de Ti...



Pedes-me para falar de ti...

Mas se tudo o que poderia dizer

já falei, ou até te segredei

quando, olhos nos olhos,

lias meus pensamentos...


E eu sei que os lias e entendias,

e como num filme de cinema,

tu, actriz principal, os olhos fechavas,

e eu, teus doces lábios beijava

ao som de suaves melodias...


Pede-me mais uma vez para falar de ti....


terça-feira, 14 de junho de 2011

Blasfémia 1...

Numa cruz feita com um giz

me quiseram crucificar,

mesmo ali no chão,

onde a gente continuava a passar...


E ninguém nada dizia

ou se quer se preocupava,

numa cruz feita no chão,

cruz de giz feita à mão,

minha imagem ia ser pregada

e aos céus levantada....


Ímpios, cruéis, maldizentes,

vós que do amor não sois crentes,

em paz deixai-me partir,

outro amante maior há-de vir...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blasfémia...



Quando o dia acaba

e a fantasia renasce em nossos olhos,


e dois corpos unidos

se entrelaçam de formas animalescas,


Quando no silêncio

surgirem teus murmúrios de longo prazer


e escandalizados se escondam os seres vivos,


aí, eu me entrego à noite,

para que devorado seja meu corpo...

domingo, 12 de junho de 2011

Falando de Amor...




Quiseram falar mal de mim,

Eu que sou o amor, a paixão,

o sofrimento, a emoção,

Eu que sou o principio e o fim

de qualquer relação...


O amor é entrega, sedução,

é dizer não...talvez...é dizer sim

num beijo molhado sem fim...

E mesmo que se engane o coração,

valeu a pena...ou talvez não....

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Carta Perfumada



Abre esta carta,

perfumada,

sem uma letra,

sem um sinal...

Depois, inventa,

tenta descobrir,

ou experimenta

o que eu poderia dizer,

se fosse escrever,

sem mentir...

Dentro dessa carta,

perfumada,

está bem guardada,

a sete chaves fechada,

a razão do meu sorrir.

Consegues descobrir??

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dançando na noite...


E de repente o palco é meu e teu...

Todos se afastaram, nos deram espaço...

A orquestra mantém o ritmo,

e todos os olhares nos admiram...

Seguro tua mão envolta em cetim,

a outra envolvendo tua cintura,

olhos nos olhos, e o corpo se liberta...

Espera, este palco não é meu,

tudo é engano, talvez magia,

ou quem sabe, um momento de fantasia...

Nossa dança é virtual,

como dois anjos sobre o areal

desde o pôr do sol até ser dia.

A nossa dança é o principio e o fim

de um acto de amor...é celestial...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Tempos de Mudança...de Esperança...




E de repente tudo muda,

nota-se, vive-se, respira-se,

como se algo nos libertasse,

como se a esperança voltasse,

e no entanto...ainda nada mudou...

Mas o povo sente que vai mudar,

o povo precisa acreditar

que amanhã, apesar do cinzento,

o sol vai voltar, o sol vai brilhar...

Nós queremos acreditar...