segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Anjo Azul (Dez 2010)



Abro-te uma janela do meu ser.

O que vês? até onde consegues ver?

Se conseguires decifrar,

talvez consigas encontrar,

o que de mim quis esconder.


O amor... o amor... o amor...

Esse sentimento que traz dor,

a razão de ser, da partilha,

a entrega em forma de vida,

a perda na despedida.


Não, não procures mais,

não vás tu acordar quem dorme,

quem seu leito de frio se tomou,

e no choro aguardando sinais,

seu vale de lágrimas secou...


Aceita ser meu Anjo azul,

que eu invento, fantasio,

e que preenche o meu vazio

quando à noite é solidão,

e aqui escrevo, com o coração...


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL. Boas Festas



Limpei a chaminé,

tudo arrumei,

os sapatos, chinelos,

as meias dependurei

esperando tua visita...


Demoras Pai Natal?

É grande a emoção

em cada ano que passa,

e tanto aperto no coração

apenas por uma noite...


Deixa-me fazer um voto...

A todos os Amigos, aos familiares,

a todos que por mim passam,

(mesmo não trocando olhares),

Feliz e Santo Natal...Boas Festas!!


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Segredos D`Alma...



Quebraram-se os vidros de minh`alma,

soltaram-se os fantasmas (louca magia),

e nas trevas, dançam sombras,

ouvem-se risos de tonta alegria...


Não queiram pensar mal de mim,

(que importa se descobrem meus segredos),

se de tanto sonhar, tudo se tornou real,

e num ápice fugiram meus medos.


Vejo-me ao espelho, ilusão do destino,

de pensar que de um verso, faço um hino,

ou alguma canção de embalar....


E minha alma, agora livre e solta,

voa sem rumo (não pára de sonhar...),

mas nada vê (é louca), e tudo fere à sua volta....

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Luz Maior...



Podia ser mais uma história,

uma história na noite fria...


Se a lua não brilhasse no céu,

se as estrelas se escondessem,

talvez não houvesse Natal,

talvez não houvesse magia,

talvez não houvesse menino...

E mesmo os reis magos,

talvez se perdessem no vazio...


Mas eis que brilha a estrela maior,

e na cabana, tudo em redor,

uma luz, que na noite faz dia...

E eu me pergunto (tanta incerteza),

se esta é a festa da inocência

do acreditar no Natal...

Quero renascer (tenho a certeza),

de que o milagre vai acontecer

e amanhã, quando a estrela vier,

sozinho, olhando o céu,

humildemente irei agradecer...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Nesta Tarde de Domingo...



Foi nesta tarde de Domingo

que, num raio de sol, provaste meus lábios...


Foi nesta tarde de Domingo

que, na brisa da praia, afagaste meu rosto...


E foi nesta tarde, que perdido por entre a multidão,

senti teu cheiro, teu perfume,

porque tu eras o centro do mundo,

e eu, um barco à vela, ancorado, aguardando vento norte...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Semeando "Sonhos"




Olha-me, sim olha-me com teus olhos de água

que o céu quis marcar com sua cor

e onde vejo as ondas do mar


Nos teus olhos não vejo mágoa

nem o deserto de dor

não, nos teus olhos, olhos rasos de água

vejo flores, jardins de amor...


E assim, semeio meus sonhos

por entre o mar e jardins de cor

renascendo dia após dia, em cada amanhecer...

...e assim se fazem Amigos....



Frase por frase, palavra por palavra,

escrevemos histórias, notas de vida,

ligações tantas vezes sentidas...

E cada dia que passa,

cada hora, cada momento,

é mais uma união no tempo,

num tempo tantas vezes sem graça...


Deixamos um sorriso, um beijo,

deixamos um sentimento,

uma amostra do nosso desejo

quantas vezes incompreendido.

E eu me pergunto, (e me lamento),

se as redes sociais são uma companhia,

ou uma "solidão" com alguma alegria....

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Meu Presépio



Simples e tão belo

o presépio que ergui...

Barraquinha de musgo coberta,

paredes de tábuas furadas,

sem chão, sem janela,

e com porta sempre aberta.

O menino Jesus em palhas deitado,

nu, sorrindo e com as pernas cruzadas...

A seu lado, Maria e José,

os animais por companhia...

Bem no alto, o Anjo

e uma estrela que alumia.

De fora, os Reis Magos em adoração,

com presentes em cada mão.

O presépio que ergui,

não é de prata nem de ouro,

nem será nenhum tesouro,

mas gosto de o ter aqui....

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Até ser dia...



Ternamente beijo-te na despedida,

na noite que será longa, fria,

nada dizes, qual Lua escondida,

molhada pela chuva de Outono,

brincando com as estrelas, até ser dia...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Faz Frio lá Fora....



(adaptação)

Faz frio lá fora...

Batem à porta suavemente,

não é gente certamente,

e o vento não bate assim...


Abro a porta e nada vejo,

e como poderia ver?

Quem iria sobreviver?

Quem chamará por mim?


Desisto, e me recolho...

Nos meus sonhos vejo magia,

luzes que cintilam, alegria...

Que "Luz" entrou aqui??


Me recrimino...como não saber??

É Natal, é Natal, é Natal...

Foi Menino que aqui entrou,

viu paz, por certo sorriu e gostou.

E lá fora? Tantos a passar mal...


domingo, 4 de dezembro de 2011

Nostalgia...



Nada sai perfeito

na tarde fria,

nada tem jeito,

tudo tem defeito,

até este bem estar,

que julgava num altar

imaculado, sem mancha...

Triste engano, puro engano...

E vós, enganadores de vós,

sem sonhos, sem projectos,

num rol de obsoletos,

pairando quedos, estácticos,

nas bermas dos trajectos...

Ai de quem parar,

de quem sorrir,

porque nesse anestesiar,

será o fim do sentir,

de um sentimento,

de um breve momento,

onde algures, no tempo,

se disse a palavra...Amo-te...

Tarde de Domingo...



E na tarde fria se faz silêncio...

Nem uma gota de chuva,

ou do orvalho que se forma,

para sobressaltar os sentidos...

Tudo é silêncio no silêncio,

um convite ao pensamento,

aos desejos proibidos,

loucuras junto à lareira...

E por momentos, na lembrança,

outros tempos, os de criança,

em que não havia silêncio

mas o barulho da brincadeira,

das traquinices junto à fogueira.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aniversário


(São todos convidados...)

De mil anos é a capa que me cobre,

remendada pelo destino,

amarelada pela chuva, sol e o vento,

e cada dia que passa,

não a sinto pesada nem fora de moda,

porque a capa que me cobre,

é esta pele que ainda sente,

que vibra num gesto de carinho,

que se arrepia com um gesto nobre...

E neste aniversário, que é comemoração,

não há lamentos, nem choro de pobre,

porque feliz bate meu coração...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

À Noite...



Aguardo tua visita, noite...

(ainda não nasceu a Lua),

e é tão longo meu caminhar,

nem sei onde pernoite,

se debaixo da ponte, ou na rua

olhando as estrelas,

fascinar-me pelo seu brilho,

contar cada uma delas,

e no final, um sorriso,

porque sempre vejo o paraíso

quando tu vens, noite...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

No sofá...



Meu sofá é meu confidente,

onde me deito, reflicto,

ou então finjo-me de ausente...


E é tão boa a monotonia,

com TV ligada, imagem sem sentido,

mas com som bem alto, boa sintonia!


Acendo só mais um cigarro,

e com o fumo, faço círculos no ar,

imaginando viajar de carro.


Corre velozmente a imaginação,

atropelando os pensamento no asfalto,

e nada fica, nada, só eu e os círculos em decomposição.


Se eu pudesse, fumava dois cigarros,

juntos, chaminé em ebulição,

mil círculos em correria,

em cada círculo um coração,

corações de fantasia,

e ninguém saberia a razão,

porque só num, qual seria?

estaria meu coração...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Como uma Flor...



Sabe a tristeza, a cinzento,

este ar que me rodeia,

me aprisiona...

Pego um lápis, lápis de cor,

e neste quadro que invento,

desenho teu sorriso,

expressão que sei de cor...


E mesmo sem lápis de cor,

mesmo numa ardósia escura,

nasceria brilho maior,

contornos de teu rosto,

em forma de requintada flor...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Livro de Mágoa...



Era de Outono, a tarde que pintei

de mil letras, no livro para ti...

E nesse livro, nasciam gotas de água,

gotas de orvalho,

ventos que sopravam de norte...

Podia ser livro de mágoa,

histórias de amor, de sorte,

mas nesse livro, que pintei para ti,

não nascia o sol, estrelas,

nem sequer vias a noite com luar,

ou o ruído clamoroso do mar...

Oh, como me arrependo do livro que te dei,

livro triste, cinzento e que eu pintei,

talvez porque deixei de sonhar...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tarde de Outono...



Fria é a tarde de Outono,

de um cinzento sério,

austero, ameaçador.

As crianças brincam,

saltam em volta da fogueira,

(pudera eu entrar na brincadeira),

e ouvem-se risos, gritos,

(semblantes de pais aflitos),

conversas de ocasião...


As tardes de Outono

têm a magia, o condão,

de em volta da lareira,

largar o pensamento,

deixar voar o tempo,

rebuscar lembranças da poeira,

e ao sabor de um café,

fixar a lenha que arde,

e sonhar...porque nunca é tarde...


Tardes de Outono

são as tardes de uma vida,

glórias, fraquezas,

alegrias, tristezas,

são um corrupio sem saída,

ou uma promessa de inverno

que o braseiro teima em avivar...

Fria a tarde de Outono,

sem gritos de crianças...apenas do mar...

domingo, 13 de novembro de 2011

Perdão....



(ficção)

Peço-te perdão

pelas frases que não soube escrever,

e que escrevendo, acabei por dizer

as incertezas que não tenho,

e as fraquezas de meu coração.


Peço-te perdão

pelas estrelas que já brilhavam,

e cânticos de amor já entoavam

num caminho para o paraíso,

mas ainda seguimos na contra mão.


E eu sei que me vais perdoar,

sendo este o meu castigo maior,

por não saber conter, ou calar,

emoções que emanam dor.


Fecho os olhos e vagueiam os sentidos,

neste silêncio, onde a trovoada acontece,

desde este mar até os cumes perdidos...

Nada digo, nada espero, apenas esta prece....

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O feitiço da LUA...



Fingiste Lua, não me conhecer,

quando só, vagueava na rua,

e se saí, foi só para te ver,

como te vêm os sem abrigo,

os que à noite sonham contigo,

e na loucura te vêm nua.


Ai Lua, companheira de tempos idos,

sorridente e sempre tão cúmplice

dos amores e dos desentendidos,

porque me renegas agora

quando a esperança desflora,

e de mim fogem os cinco sentidos?


Tenho inveja de ti, Lua,

ou raiva, sim, raiva de o sol te possuir

em cada amanhecer...

E eu, só, na terra, te vejo esconder

debaixo de seu manto, raiando luz,

calor, por cada orgasmo, por cada gemer...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As palavras são ficção...



As palavras que nunca direi,

joguei fora, lixo,

e, oh quanta leveza,

quanta libertação,

pelas palavras presas

sofridas, dentro do coração...


As palavras são ficção,

postais ilustrados,

conjunto de letras,

quais bonecos em acção,

que quando em doses certas,

machucam o coração.


E assim, juro não mais falar

nem palavras escrever...

Em meus olhos, sabereis ler

(sim, porque não mentem),

os segredos por revelar,

as traições que julguei esquecer...

domingo, 6 de novembro de 2011

O brilho do sorriso



Sol, é o brilho de teus olhos

que queimam quem neles se perde...

Mar, a extensão do teu sorriso

onde naufragam os sonhadores,

os que por amores e desamores,

se perderam, sem sentido,

sem volta no caminho,

vagueando num imenso vazio...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tudo por um Beijo...



Apenas um desejo,

um grito na tarde finda,

ou um desalento

por um ténue momento,

por um simples beijo...


Um beijo com sabor a noite,

a lençóis, a madrugada...

Lábios se machucando,

e os corpos se entrelaçando...

Ah se um beijo nascesse do desejo...


E tudo seria perfeito

num coração palpitante,

(mesmo errante),

O desejo, o beijo,

e a paixão dentro do peito...

sábado, 29 de outubro de 2011

Meu Silêncio...



É de ouro o silêncio

que cala minha voz,

minhas palavras,

meus pensamentos...

E por nada deste mundo,

mesmo que me ofereçam o céu,

falaria do que é meu,

e que trago dentro do peito...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Até ao Céu....



Como a árvore que cresce,

assim queria ser eu,

ramos subindo, subindo,

quase tocando o céu,

e quando bem lá em cima chegasse,

talvez me debruçasse,

te pegasse com carinho,

e qual pássaro gigante,

num ramo faria um ninho,

onde para sempre habitasses...

Aí, oh felicidade eterna,

oh alegria incontida,

e até os anjos viajantes,

nos fariam companhia,

com as almas ainda errantes!

Não, não me queiras mal,

não queiras fugir de mim...

Qual alma sem dono,

qual flor sem jardim,

assim errante, seria meu caminhar,

(se o vento te levasse)

e quão triste seria meu fim...

Jogo de Palavras...



Queres fazer um jogo?


Fala-me de uma flor...

Te darei um jardim!

Fala-me de um fruto...

Te darei um pomar!

Fala-me de estrelas...

te darei o céu!

E se me falares do mar,

te levo a navegar

num sonho só meu...


Agora, diz-me uma letra...

Te farei uma frase!

Fala-me de amizade,

e eu te direi de verdade,

o quanto o sentimento vale

numa relação...ainda que virtual...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

No silêncio da noite



Quero sair deste silêncio do nada,

do ar vazio que me trespassa,

das horas mortas, vida parada,

dos fins de tarde que não são noite,

porque a noite...traz alvorada...


E cada melodia, é um suspirar

por cada segundo vivido,

por cada emoção sentida.

É um deixar-se embalar,

como se cada acorde mais sentido,

fosse o coração a sonhar.


Sonha, sonha, coração em desvario...

Batidas descompassadas,

arritmias, desassossego...

À noite, quebra-se o silêncio, o vazio,

e tudo renasce, como chama num pavio...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Gota de Água...



Chove copiosamente,

e cada gota na minha mão,

é uma lágrima de vida,

ou lágrima de emoção...


Perscruto seu interior,

mas não tem nada não,

apenas água cristalina,

sem sal, sem sabor.


E se essa gota, gota de água,

qual bola de cristal

onde te pudesse ver, linda,

dançando, sufocando minha mágoa?


Doido, perdidamente demente,

já vejo onde nada existe,

será o desejo que persiste

em te manter na minha mente?


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ilusão....



Quando o silêncio

absorve meu ser,

e me deixo embalar

na noite escura,


Quando a ilusão

me faz renascer,

como só os sonhadores

acreditam viver,


Abro minha mão,

e por entre os meus dedos,

deslizam teus cabelos,

meu Anjo Azul...


E já finda a noite,

antes do amanhecer,

dás-me um beijo,

uma leve carícia,

embalas-me no teu ser,

e no aconchego de teu colo,

deixo-me adormecer...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Azul do Céu...



Te procurei no céu imenso,

estrela de meus olhos,

guia de meus passos...

E o azul de meus sonhos,

se perdeu em tons baços

deste cinza tão intenso...


Pudera eu chegar ao céu,

lá onde brilhas mais que o sol,

e nesse azul que é só teu,

fazermos bolas de sabão,

lançá-las no espaço,

em formas de coração.


Pela Noite dentro...


ficção...

Na noite, que a madrugada escondeu,

te cobriste de manto leve, com um véu

onde teu corpo sobressaía, reluzia,

como se a Lua te tomasse por magia...


Belos e sinuosos os caminhos de teu corpo,

onde meus olhos se perdem... e se encontram...


A noite tem seus encantos, sua perdição,

desejos, movimentos carnais, maldição,

beijos, desencontros pelo dia a nascer,

ânsia, loucura de ver o novo dia morrer...

domingo, 23 de outubro de 2011

Chuvas de Outono




Bate forte no telhado,

a chuva que tardou,

não sei se fique zangado

ou até algo preocupado,

mas se tanto demorou,

por onde terá andado??


E a terra se abre qual amante

esperando seu dono (penosa espera)...

As árvores, dançam de forma alucinante,

se despem esperando a primavera,

e o vento se ouve, ululante,

me arrepiando...coisa intrigante...

sábado, 22 de outubro de 2011

Postal Colorido



Colorido é o postal onde escrevo,

onde as palavras se transformam em verso,

onde as letras tomam formas de flores,

e os nomes lançam perfume...

E quanto mais escrevo,

quantos mais os versos rimam,

mais teu nome descrevo,

em palavras que se animam.


Colorido é o postal onde escrevo,

letra por letra, para seguir viagem,

mas a tanto não me atrevo

quando teu nome é uma miragem...

Como é difícil esconder

o que as palavras querem mostrar...

Ah se pudesses meus olhos ver,

como te conseguiria enganar ??

No Mundo dos Sonhos...



Delicadamente fecha teus olhos,

sente a música que há em ti,

o bater lento de teu coração,

o sangue que corre e que sorri,

o vento que docemente toca teu ser,

o sol enamorado beijando tua pele.


Esse é o mundo dos sonhos...


Se quiseres, permanece assim,

talvez sintas pedaços de mim

correndo em tuas veias...

Pedaços de amor que não vivemos,

ou as promessas que nunca fizemos...


Findo o transe, tudo, tudo pára,

nada mais existe no teu querer,

e numa oração, elevas as mãos aos céus,

e dás graças pelo teu viver...


É bom entrar no mundo dos sonhos...


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Segredos...



Na minha imaginação,

o segredo de teu colo,

os encantos por descobrir,

a tua pele macia,

e minhas mãos que a acaricia...


Na minha imaginação,

os desejos contidos

de teu fruto proibido,

prazeres remoídos

em noites mal dormidas...


Ah se nesta mente perversa

nascessem flores,

ou corresse ribeiro de água,

voassem aves,

ou se soltasse a neve de inverno,

talvez não vivessem amores

nem marcas de mágoa,

de vidas que foram inferno...

Vida...



A vida é um corrupio,

é um sopro, um piscar de olhos,

é um ponto, uma vírgula num livro,

uma estrela no firmamento...

A vida é um sorriso,

uma lágrima no canto do olho,

um canto de ave em liberdade,

uma história de Amor de verdade.

A vida sou eu, tu que me rodeias,

o ar que respiramos ou arfamos

quando dizes que me amas,

ou quando gritas que me odeias...

E é tanta a ânsia de vida

que quando a encontramos,

chegou a hora de partida...


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Formas de Escrever...



Será preciso muito escrever,

quando em palavras poucas

transmitimos o que dizer??

Não...Quantas vezes ocas

e despidas de nada...

Quantas vezes fúteis,

quantas vezes inúteis...

As palavras podem viajar

num simples olhar...

As palavras podem chegar,

sendo o coração a falar...

domingo, 16 de outubro de 2011

Em minhas palavras...



Absorve minha palavra como se seiva de vida fosse,

como se em cada letra, em cada sílaba,

eu colocasse a porção certa, bem medida,

só assim saberás que não te minto,

e que em minhas palavras, se esconde o que sinto...

sábado, 15 de outubro de 2011

O sentimento...



Se escrevesse tudo o que sinto

e o que sinto se calhar nem sei,

talvez diga a verdade, ou minto,

e se minto...nunca te direi...


As palavras são fáceis de dizer,

o sentimento ninguém vai notar,

olhos nos olhos, vais saber,

se meu coração te contar...


Ah o amor, esse sentimento

pelo que se morre, ou adoece,

livra-me Deus desse tormento,

valha-me Deus numa prece...

No Face...



No silêncio da noite,

um sorriso virtual,

um comentário,

uma foto casual,

um post,

uma partilha,

(empatia total),

uma música,

um vídeo...


E tudo é natural,

como se no final,

nada fosse virtual,

mas um mundo tão REAL...


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Se eu fosse Teu Olhar...


adaptação...


"se eu fosse um dia teu olhar",

teu pensamento, teu sonho

teu mar de calmas águas

ou o leito de um grande rio...

Se eu fosse um dia teu caminhar,

a noite, as estrelas no céu,

o desejo contido num beijo,

a paixão gritada ao luar...

"se eu fosse um dia teu olhar"...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Felicidade...




A felicidade é um estado de alma,

uma chama interior, algo que não se descreve,

é uma alegria incontida, uma frase,

um beijo, um ramo de flores, um olhar que não se esquece...

A felicidade é o som celestial de tua voz,

é o timbre que entranha, e em nós permanece...

Se sou feliz? meus olhos te dizem que sim,

meu coração, para ti voou, fugindo de mim,

e meus passos, nos teus passos fazem amor...

Espera...deste jardim, o meu jardim, te ofereço uma flor...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fim de Estação



A paisagem é de dor,

doentio o ar que passa,

e nem um abrigo

ou copa de árvore,

uma fonte,

uma gota de água...


Choram meus olhos,

meu coração,

pelos rebentos no chão,

que ao nascer,

acabam por morrer...


Se me Estás a ouvir

Peço-Te, acalma o sol,

faz tempo que o Verão acabou,

e o Outono nem começou...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Teu Silêncio...



Fere-me, como lanças afiadas,

o teu silêncio...

Em mil bocados cerceia meu pensamento,

o teu silêncio...

Em vale de lágrimas me banho,

com o teu silêncio...

E até as aves se quedaram

com o teu silêncio...

Olha o mar calmo, sereno, pálido,

pelo teu silêncio...

E as estrelas que já não brilham,

pelo teu silêncio...

Em paz, jaz meu silêncio,

pelo teu silêncio....

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Carteiro



Espero novas de meu amor,

quem sabe vai me escrever,

ou enviar um bilhete perfumado...

E o carteiro que demora a aparecer...


E senão receber novas de meu amor?

Talvez o correio se tenha extraviado,

ou...não, não...(sentimento de dor)

e se à costa deu outro amor?


Releio tuas cartas passadas,

(como ainda estão perfumadas...),

e admiro tua letra desenhada...


Tuas palavras meu amor,

não eram palavras de cor,

mas escritas pelo coração...


Meu amor, treme minha mão,

rolam lágrimas de emoção...


Espero novas tuas meu amor,

quem sabe não me vais escrever,

ou enviar um bilhete perfumado...

E o carteiro que deixou de aparecer...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Teu Nome...



Como escrever teu nome?

E para quê se o sei de cor?

Teu nome é um bem maior

que guardo dentro do peito...

É uma chama acesa,

é o meu café da manhã,

é o lençol onde me deito.


Teu nome é inspiração,

relíquia divina

ou proposta de redenção...

É um sorrir a todo o tempo,

imagem eterna no pensamento...

O teu nome, que eu sei de cor,

é um projecto de amor...

sábado, 1 de outubro de 2011

Meu Outono, Meu Amor...




Este calor, calor de verão,

peganhento, fora de estação,

atraiçoa meus sentidos,

tornando meus passos perdidos,

te procurando meu Outono...


Que saudade da chuva no telhado,

das marcas na janela, do ressoado,

que saudades do fresquinho da manhã,

de vestir meu terno e camisola de lã...

Que saudades de ti meu Outono...

Nas Asas do Vento...



Se eu um dia partir num veleiro,

sem vela, sem remo, sem dinheiro,

não tenhas dó de mim,

nem te despeças de mim,

meu coração quero inteiro...


Triste do coração repartido,

nas ilusões meio perdido,

profanado pelo amor maior,

pingando lágrimas de amor,

pela tristeza perseguido.


Queira o vento estar de feição,

e a lua carente de união...

No meu veleiro, levo a esperança,

asas de sonho e perseverança,

para voar ao teu coração...

Outono



Em cada rua, em cada esquina,

restos de vida ganhando cor,

baloiçando ao sabor do vento...


Cada folha tem uma história,

um desígnio, um destino,

um desfiar na memória.


E lá vem outra, e mais outra,

e juntam-se como que a medo

de se separarem no tempo.


Sinto nostalgia na paisagem

e me arrepio na brisa que passa...

O Outono assim, não tem graça...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Na Esplanada...



Vazia está a esplanada onde me sento,

lusco-fusco, algum relento,

nada peço, apenas admiro a paisagem...


Passam as pessoas, absortas,

e não me vêm ( ou fingem não ver),

sinto-me como noutra margem

perdido no próprio ser...


Telemóvel perdido na mão,

(fingimento de ocasião),

como se algo fora acontecer...

(Como é triste a solidão...)


O cigarro é boa companhia,

ondas subindo na imaginação,

brilho da chama em ascensão...


Alguém se senta a meu lado,

perfume barato, em evaporação,

e um piscar de olhos...sem razão...


Finjo não ver...não é a ocasião,

e puxo de outro cigarro...

O fumo inebria meus sentidos,

sensações, prazeres proibidos...


Porquê adiar o que tem de ser??

Levanto-me num ápice e digo:

Queres um cigarro??

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Prova...



Aceita esta taça de felicidade,

prova, delicia-te,

sente os aromas,

os sabores,

e se quiseres, partilha

com teus amores,

talvez te divirtas,

e quem sabes repitas

em mais uma prova...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Teu Olhar...



No teu olhar

vejo o céu,

a lua,

o azul do mar.

No teu olhar

sucumbo

e ressuscito,

e me pergunto

porque não desisto,

de te olhar...

Ai o teu olhar

meigo, sedutor,

penetrante,

de luz radiante,

por quem as estrelas

choram, se devoram,

porque o brilho delas

não é tão cintilante...

domingo, 25 de setembro de 2011

Tarde de Sol e Sonho...



Tarde de sol e sonho,

de luz e poesia,

onde nem uma folha bulia

ou uma criança gritava,

apena o mar ondulava...


E eu me passeio abstracto

olhando o mar sem fim,

se passaste por mim,

não vi... meu olhar ausente

não vive o presente...


Mas o sol cria em nós fantasias,

vida, dá-nos imaginação,

desassossego, inquieta o coração...

Tarde de sol e luz ofuscante,

preciso parar...a tarde morre num instante...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ondas do MAR



Lentamente se põe o sol no horizonte

e o azul do mar se transforma,

ganha outra cor na despedida.

Fito cada onda que morre na areia

como se o mundo fosse desabar,

como se de nada valera lutar

em tanto mar, tanto mar...

Tento segurar cada gota de água

cada pedaço de vida em minha mão,

como se de lá renascesse um grande amor

como se por magia, de um fio de água

brotasse uma sereia em todo o esplendor...

Puro engano, triste fantasia...

Na minha mão, na palma de minha mão

restam grãos de areia,

inertes, sem vida, sem emoção...


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Positivo, negativo...




São de silêncio as palavras que falo,

escuros os meus olhos que nada vêm,

insensível este coração que já não bate...

Que se alegrem os corações que vêm,

e os olhos que no sorriso falam,

pois deles é o reino do amor.


Não sei falar de amor, paixão,

não sei conter uma lágrima de dor,

mas se sentires meu coração,

se o levares na palma de tua mão,

quem sabe, meu ser se abre para o amor...