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Paragem do autocarro, 7:30 horas da manhã. É pouca a gente na rua, quase sempre os mesmos, e cada ser tem sua tara, mania, cada um tem algo só seu que o identifica, a sua personalidade.
Olho cada um sem prender seu olhar (que pensariam de mim...) e neles vejo resignação, apatia, noutros vejo dor, sofrimento, e noutros ainda a loucura ou o principio do fim. Triste fado de quem vive assim, de quem olha em redor e nada deve ver, porque não há nada para ver...
Olham o silêncio, o vazio, olham sem se aperceberem dos autocarros que passam, do metro que vai e vem. Estes seres não estão ali, e nada me diz que estão vivos, presentes neste mundo que ainda tem alguma cor.
Deixo de pensar em quem me rodeia (farei eu parte desta teia?) e busco meu intimo, meu sentido na vida
É dificil a pesquisa, e ao mesmo tempo me atropelo em montanhas de ideais, outras tantas de sentimentos, mares de felicidade.
O ser humano que nasceu da perfeição, tudo altera, se consome em futilidades e no dia a dia permite que se diluam no nada as sua legitimas ambições, seus desejos de felicidade e sonhos por realizar..O ser humano é um poço de contradições
Chega o autocarro e nele a viagem com destino certo, sempre pelas mesmas ruas, sempre com a mesma paisagem
Aqui e ali, "bolsas" de gente, resignados, numa prisão feita à sua medida que é a estação do metro. Não se falam, não se olham, não se conhecem, quem sabe não se odeiam? Olho para eles enquanto dura o semáforo (outra forma de prisão), e sinto pena, pena de que se me olharem com olhos de ver, também terão pena de mim..
Alex, meu amigo querido.
ResponderEliminarAs pessoas de nada sabem do outro. Se assim soubessem, não viviam de lamentações.
Sabe lá o que se passa em cada pensamento, quando todos nós vivemos de intensas divagações...
na verdade precisamos nos amar muito e amar aos outros sem queixumes...
Um lindo dia pra você...
Bjs
Livinha