
hoje sei que não te dei tudo,
e tudo o que tinha era tão pouco...
levava-te as palavras e os sonhos,
e tu acreditavas,
e ao contar-te, também eu acreditava
como acreditava que não havia noite,
mas madrugadas sem fim.
também acreditava quando me dizias
que o fim da rua era o paraíso,
e não apenas o virar da esquina...
acreditava-mos num mundo só nosso...
sabes, hoje sei no que acredito,
nos olhares que por mim passam e nada me dizem,
nas pedras da calçada
onde tropeço a cada instante,
nas longas noites entre quatro paredes...
e por acreditar, já não há sonhos, nem palavras...
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