quarta-feira, 11 de setembro de 2019

hora morta





hora tardia, hora sem hora
num tempo já longo,
cansado pela demora,
enquanto se aguarda passagem
para a outra margem...
sente-se na aragem
o ar quente das manhãs de agosto,
o aroma a maresia, o bater das ondas
de um mar outrora rude...
a primavera, essa ficou lá atrás
entre o verde dos prados
e o bater da água cristalina, pelas margens
de um rio sem força,
imitando palavras ocas, fúteis recados...

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