ainda sinto o calor em minhas mãos
de teu corpo em brasa,
na longa madrugada
até nascer a aurora.
eram teus seios socalcos
de vinhedos perdidos, mas tão íngremes,
como se não houvera vindima
nem chuvas de inverno.
perdia-me, como se perdem os inocentes
por entre as veredas da floresta,
onde tudo é luz, rumor de mar e farol
pela cegueira do querer...
não queiras ler meus olhos
nem as palpitações em desaceleração,
são minhas mãos em tuas mãos
quem move o mundo a cada segundo,
a cada novo raiar do dia...
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