domingo, 19 de setembro de 2010

Deserto...




Hora nocturna, sem desejos, em desvario,

hora morta, no silêncio que se impõem.

No seio de mim, bate forte o pensamento,

ruge, desespera-se na contradição...

No momento presente, neste ar que respiro,

parir seria eleição, gratificação talvez

para o deserto que em mim floresce...

Fazer nascer palavras, sentimentos, sonhos,

fazer nascer sem o tempo para dar à luz,

nesta hora nocturna, sem desejos, em desvario...

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