anoiteceu meu amor,
e sempre que anoitece,
elevo as mãos numa prece
para que estejas bem...
lembro que receavas o escuro,
as noites sem luar,
e o quarto aberto
com a porta por fechar...
eu era teu porto de abrigo,
o aconchego em meus braços
que presos a ti como abraços,
te davam o céu, a quietude do paraíso...
livres como aves no vento,
eram nossos os mares, as planícies,
os sonhos, as quimeras... as diferenças,
que vão corroendo o sentimento...
na desilusão do momento,
deixamo-nos levar na brisa que passa,
destinos perdidos no tempo
até que o tempo do tempo se desfaça…
mas já não tenho notícias tuas
e até as lembranças
(que antes partilhavam meu leito),
vão rareando...por onde andas?
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