domingo, 23 de julho de 2017

para além de nós...









quando voltará o tempo
em que o tempo voava,
fugia por entre os dedos,
enquanto o nosso tempo
(sim, cada um tem seu tempo)
entre palavras se esfumava,
e num beijo se erguia contra os medos...?
 
abro mão de tudo (e tudo era tão pouco),
se o tempo voltar atrás,
ainda que o olhar do mundo me chame louco,
irresponsável, sem palavra, ou de palavras vás...
 
abro mão de tudo (e tudo era quase nada),
se no silêncio da noite conseguir tocar teu nome,
soletrar cada letra, inventar-te na madrugada,
respirar-te, e nos braços do tempo, adormecer lado a lado...







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