sábado, 28 de agosto de 2010

Destino Final




Soltam-se os sinos na igreja,

sons únicos que ecoam no tempo,

quatro tábuas repousam no chão,

almas "vivas" aguardando o momento...


"Companhia" que ninguém vê,

perfume que ninguém sente,

seu caminhar sente-se na aragem

que nos atravessa, nos trespassa...


Ouve-se a oração, a ladainha,

um adeus até outro mundo,

e as almas se recolhem, repousam

num sono eterno, profundo...


De pó, é seu corpo efémero,

em pó, cinza, restos, lixo,

o tempo tratará do impuro,

será o que ninguém quer...


Fecha-se um tempo, um ciclo,

cerram-se os olhos na recordação,

tudo vai passar, atenuar,

novas vidas se seguirão...

2 comentários:

  1. O som desse sino nao tráz boa recordação, badala-se pra chamar pra missa e também pra anunciar a morte.
    são mesmo os ciclos , doídos.
    boa semana Alex, obrigada por brindar-nos com seus poemas
    deixo os abraços

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  2. Alex,

    Fecha-se um tempo, mas outro começa.

    Beijos.

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