Os dias passam a correr,
a vida passa a correr,
os sonhos morrem ao nascer...
encostado na berma do passeio,
o velho fala sem saber o que diz,
o velho ri sem se sentir feliz,
o velho não quer saber de asseio...
olho para ele mais uma vez
pobre e abandonado
deve se sentir resignado
talvez desabafe com o vinho
(seu único e fiel vizinho)
enquanto não lhe bate o destino
Assim pudera eu ser
cantor do amor, da mulher,
canções que ninguém quer escutar
letras que ousei inventar
e que na berma da estrada irei cantarolar