quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

o canto das aves...

 







tão belo e inocente o cantar das aves
nas árvores que cresceram comigo,
com cada amor inocente, que me fez perdido
e sem chão, onde o vazio é permanente.

qual a mensagem que não entendi,
qual o canto fatal onde voando, adormecia,
embebido pela sede do amor que inebria
e tudo faz esquecer, ou tudo perder?

tão belo e inocente o cantar das aves,
que felizes, não cuidaram dos incautos
que pulavam e cantavam, quais arautos
da felicidade eterna... triste fantasia.

olha-se ao espelho mais uma vez,
e foram tantas as vezes, que o espelho já esqueceu
das receitas de amor eterno que lhe deu,
e de nada adiantou... a vida é um espelho sem retorno...



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