mundo de incertezas...são tantos os caminhos pela frente,trilhos perdidos,encruzilhadas,setas apontadaspara lugar nenhum.meu sexto sentidoaponta o horizonte,escalar, saltar o monte,tocar no céu, aí, talvez fique rendidoao mundo novo que há-de vir...
quão tristes as noticiasda morte, que mãos de sangueperpetraram, a coberto da noite,num ser frágil, sem lar que a acoite...e assim, o ser hediondo rouba o destino,a vida, a quem é tão pequenino...Não lhe perdoais Senhor,porque ele sabe o que fez....
apetece-me sair, correr,abraçar a chuva,dançar na chuva,no seu leito adormecer...chamem-me louco,convidem-me ao degredo,eu guardarei segredopela pena a pagar ser tão pouco...quem ousa avançar,saltar para a rua,num grito, a liberdade minha e tua,e soltar os medos...apenas soltar?
talvez não sejamos assim tantos
e a cobardia é nosso manto,
de que vale o pranto
se nos escondemos pelos cantos?
a voz, a nossa voz, um rugir
a correr nas veias,
uma lança em todas as teias
que nos amarram, e donde um dia vamos fugir...
este é o tempo do ruído,inferno que arrasao confinamento em casa,e fugir, desertar, é preciso...tivesse eu asas de gaivota,GPS no pensamento,a brisa suave do vento,e um porto seguro que me abra a porta.sonhar, sonhar o silêncio,a quietude das coisas, tudo no seu lugar,como o sorriso, um beijo em teu olharonde queiras estar, um lugar no teu silêncio...
oh tardes de sol, de vida,oh encantos de terra prometida,oh brisa que afagas o rostoe trazes novas de quem eu gosto...são estas tardes de Maio a Setembroque me acolhem, e onde me lembrodos amores de ontem e de sempre.tardes de sol, rumores de primavera,ilusão no olhar, na alma, a quimerade um novo amanhã... um amanhã diferente...
o que vêm meus olhos?
da introspecção de meu olhar,
no encanto do teu olhar,
a fusão, tal como a terra e o mar
numa longínqua linha do horizonte...
dessa fusão, nascem rios,
quedas de água, jardins de mil cores,
palcos celestiais para juras de amores,
gemidos, grunhidos, toques sem dores
onde o êxtase é só um pormenor...