são sempre as mesmas
as mulheres de preto na rua,
levam canastras na cabeça,
e sacos nas mãos cansadas,
seguem descendo a calçada,
por certo falam de nada,
do silêncio nas suas vidas
e do vazio em cada jornada.
lançam o pregão ao povo que passa,
mas poucos ligam, outros acham graça
e até tiram fotografias
aos rostos sulcados pelo tempo...
sinto um aperto, aperto cá dentro,
onde de escuro também se veste o peito,
peito onde antes brilhavam os dias
e como as mulheres de preto, de preto é o meu jeito...
Se ver no outro é uma virtude, apenas ver o outro com algo exótico pode ser vazies de alma! Muito sensível seu texto, adorável! Abraço!
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