domingo, 1 de junho de 2014

em teu ventre, manhã...


horas tardias para quem, na madrugada
se perdeu, e lentamente
vai sulcando passo a passo
o ventre da manhã,
pedindo um cantinho, seu espaço.

faz-me falta o grito do amanhecer,
a luz do olhar, 
o carinho de teu abraço,
o palpitar de teu corpo
na sede do querer.

horas tardias, tanto, tanto a dizer
em palavras que não se ouvem,
que se dissipam entre as quatro paredes...
só vós sabeis entender
o fogo dos sentidos.

esconde-te noite, deixa clarear,
renascer a emoção,
reacender o fogo do luar da paixão
por entre as estrelas...
deixa-me sair de teu ventre, manhã....




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