como estão despidas as árvores,
sem folhas, sem vida,
parecem espantalhos de pedra,
inertes, uma e outra ferida
pelo vento que tudo quebra.
comparo com as almas apaixonadas,
despojadas de tudo, transparentes,
saltando de sonho em sonho, quimera em quimera,
até que o vento lhes corte as asas, e tão carentes,
repugnam o inverno da vida e anseiam pela primavera.
saudades de ti, estação de vida em flor,
do azul do céu e das aves em corrupio,
saudades do sol no longo areal sem gente,
dos abraços que nos abraçam, dos beijos no teu rosto frio...
saudades de tua alma em meu corpo, serena, bela e inocente...
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