como cresceu o meu ser...
ainda ontem tinha um mundo só meu,
limitado pelos poucos horizontes,
rodopiando ao jeito do pião
na terra batida do chão...
o aro da velha bicicleta
fazia andar minha cabeça à roda,
pelo jogo do arco que voava
nos estreitos carreiros da aldeia...
o verão trazia a emoção dos prados,
da sinfonia dos grilos na tarde,
da arte de os apanhar e para casa levar,
como se lhes quisesse mostrar meu lar, doce lar...
lembro dos papagaios de papel, coloridos,
asas das canas que alguém me arranjava,
dos horizontes que eu não via,
porque era o papagaio de papel que voava.
o rio trazia-me o medo do desconhecido,
o fundo que eu não via, e quando na água,
era até o joelho, não viesse uma corrente
e para o fundo me levasse , para sempre...
e o mundo se alarga nas grandes cidades,
a poluição nas ruas, os barulhos
dos carros, das pessoas, dos sentimentos...
outros dias...outros tormentos...
os jogos de computador, do coração,
os anos que passam a correr,
mas os que passaram, sim, foram bons,
mas há tantos ainda para viver...
Os melhores momentos são esses onde na inocência vemos um mundo onde só há brinquedos e alegria,
ResponderEliminarbelo poema Alex
abraço