segunda-feira, 10 de junho de 2013

Cinzenta a manhã....



pouco fértil a manhã
nas palavras que não direi,
nos pensamentos que não escrevi,
e nas noticias que não li...
O tempo está do avesso, eu sei,
e a ausência do que me prende
também me transcende,
desequilibrando o ser...

manhãs cinzentas, sem o sol nascer,
não deviam existir,
quando muito chamá-las quando quiser,
quando o amor não sorrir
ou a tristeza tomar lugar...

fecho as portadas de par em par...
no silêncio das quatro paredes,
por entre as nesgas de luz,
talvez veja alguma cruz
nesta saudade, que não mata, mas faz sofrer...



1 comentário:

  1. O sol pode acender-se, dentro de nós. Mas nunca se fecharmos as "portadas de par em par".


    Um beijo

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