segunda-feira, 24 de outubro de 2016

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ontem éramos tantos,
de tantas as brincadeiras,
os amuos,
os dias sem horas
e tantas as horas sem beiras...
tínhamos o poder da multiplicação
e a arma de tudo acabar,
e ficarmos só nós,
nós e a solidão...
 
mas tu sabes,
pelo brilho de teu olhar
todas as portas se abriam,
e tudo ganhava vida
onde a morte já reinava
em mortalha no leito estendida.
 
é assim que ainda te vejo,
com o brilho no olhar,
mas distante,  no tempo perdida,
com a lua por companhia...
só tu e a sombra de ti,
por trilhos sem norte, sem um abraço ao chegar...



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