sábado, 15 de outubro de 2016

chove lá fora..



chegou a noite com mais um findar do dia,
como chegam todas as noites,
em silêncio, apenas quebrado
pela sensibilidade da alma à escuridão.
e com a noite, o sereno bater da chuva no telhado
qual cortina esvoaçando na janela pela brisa da manhã...
como lamento não sentir o cheiro da terra molhada,
nem ver o fio de água que corre e se avoluma
até chegar ao extenso mar...
são tantas as paredes que me cercam,
feitas de massas impenetráveis,
ou de memórias infindáveis...
são estas as paredes que me prendem
e que torturam o passageiro do tempo,
já sem o tempo sonhado,
e no tempo há tanto tempo esquecido...




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