horas mortas na tarde cinzenta,
a chuva e o vento em sintonia,
como os amantes abraçados em qualquer esquina...
a sebe, de folha pintada de Outono,
balança ao sabor do vento
arrepiando a mente com imagens inventadas...
parece gente, ou espírito em forma de gente,
num vai-vem medonho,
pronunciado pela luz do candeeiro,
imaginado numa mente débil e perversa...
ligo o motor do carro,
faróis em "longo alcance",
e arranque sem olhar para nada...
no meu horizonte,
olhos que vêm, sem nada ver,
procuram a brisa da madrugada
e as imagens da primavera, para lá do monte...
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