faz-se tarde, amor,
e o tempo teima em correr
como se em busca de algo
ou fugindo do passado.
em vão semeio pontes,
caminhos, ou avenidas
repletas de flores,
onde te pudesse encontrar
num passeio primaveril...
não, agora lembro
que não gostas de flores,
e os passeios cansavam-te,
como se a cada passo
germinassem dores...
faz-se tarde, amor,
como tarde é passado
na noite que já chegou...
olho as estrelas, que já não brilham,
e pensando bem... talvez nunca seja tarde, amor...
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