vesti-me de pintor,
levei tela a rigor,
e cores em tom de pastel...
tu, foste a imagem,
que mesmo sem coragem,
quis prender a este papel.
rosto perfeito, de princesa,
lábios finos tal a leveza,
prenuncio de bela mulher.
corpo magro, alto,
bota de pequeno salto,
calça de ganga a condizer.
e de mão dada,
ternura bem enquadrada,
atravessas a avenida...
foste a senha, a fotografia,
porque eu tanto padecia
se outra imagem era fugida...
e agora, aqui tão perto,
se pedir algo, fosse certo,
porque não o atrevimento?
mas como entenderias,
se teus sonhos, são alegrias,
e não roturas de momento?
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