tal como o pêndulo do relógio,
movimento constante,
compasso irritante,
assim vai meu caminhar
por entre as areias da praia,
por entre o definhar das ondas do mar...
tento segurar, prender uma, só uma,
numas mãos onde se passearam caricias,
mãos de um corpo carente,
e o mar de mim foge num medo aparente,
como se meu caminhar, meu compasso irritante,
fossem passos de tristeza, assaz contagiante...
e tal como o pêndulo do relógio,
movimento constante,
compasso irritante,
meus olhos seguem cada onda do mar,
e nesse movimento, me deixo embalar
no mundo dos sonhos, de onde não quero acordar...
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