terça-feira, 8 de junho de 2021

é na manhã...

 







(imagem da net)

é na manhã que, abrindo a janela,
a vida sorri, o sol espreita
cada canto, a cama ainda desfeita
dos lençóis floridos de flanela...

quisera o sol descobrir, perceber
cada ruga no lençol amarrotado,
como se alguém amordaçado
evitasse gritar em momento de prazer.

o sol não sabe das loucuras na noite,
entre lençóis ainda lavados,
dos amantes sem dono que os acoite...

o sol não sabe, que o seu brilho inquieta
os amantes pelas ruelas acossados,
implorando pela noite na rua deserta.


Sem comentários:

Enviar um comentário