sábado, 14 de maio de 2016

beijo-te, Mãe...


há dias que têm este condão,
este querer de entrar na gente,
no mais intimo do coração
e fazer sofrer, a alma que muito sente...

sabes Mãe, lembro quando era pequenino,
também gostei de brincar,
brincadeiras de menino
que eu imaginava e inventava,
e lembro que era franzino,
talvez por isso me isolava
num espaço só meu,
meu território,
um castelo aberto para o céu...

havia meninos que riam,
e à distância, penso até que gozavam,
e tu me defendias
como Mãe enorme que sempre foste...
hoje, olho teu rosto, teu andar,
e sei que continuas enorme,
enorme no teu coração,
mas mais débil se precisasses de me amparar...
por isso Mãe, agora é minha vez
em cada vez que o desassossego chegar,
de sentires que estou a teu lado
te protegendo, se preciso lutar,
mesmo que a luta seja desigual...
beijo-te, Mãe...

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