plantaram árvores e esperança
naquele planalto de verde e sossego,
e no meio de tudo, a cor, o traje
dos espantalhos que falam...
sentei junto e ouvi as lamúrias pelo seu olhar,
da solidão que não fala, mas se sente,
do frio da noite que lhes humedece o coração...
quem disse que espantalho não sente,
que não chora, que não sabe estender a mão?
deixo-me ficar e adormecer ao relento,
ouvindo passos, vozes que não reconheço...
talvez seja tarde, fértil a imaginação,
e talvez não sejam passos, nem vozes, mas uivos do vento,
recados do norte, angústia e lágrimas de arrependimento...
Sem comentários:
Enviar um comentário