seres estáticos, aprisionados
a um mundo que não pedimos,
incessantemente invadidos
e ingloriamente ludibriados,
assim somos nós,
peças únicas e ao mesmo tempo
tão pequenas, quase invisíveis
numa grande engrenagem...
finjo não ser eu ouvindo as notícias,
os horrores da guerra
e a loucura dos homens...
finjo não viver acordado,
mas antes cobardemente amordaçado
numa voz sem eco, sem destino...
faz-me falta a coragem dos loucos,
mas íntegros no sentimento...
fazem falta tantos, mas são tão poucos
os seres renascidos da profunda terra,
deuses supremos,
imaculados, guerreiros no tempo...
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