domingo, 3 de fevereiro de 2013
tempos de menino...
lembro..ainda era menino,
menino de escola,
numa mão, lancheira com o almoço,
na outra os livros na sacola.
e este menino sonhava
(coisas que já não lembra),
e a mãe que da vida era escrava,
o pouco que tinha, o pouco lhe dava.
mas tudo tinha uma condição
porque na vida nada vem ter à mão,
e a caneta que ele tanto queria,
haveria de vir, na venda do que a terra dava.
e como ele ficou contente...
a caneta comprada na mercearia da aldeia,
era nova, de tinta permanente,
e vinha ainda em caixinha de cartão...
Não sei se muito escreveu
ou se deixou de escrever por falta de tinta,
mas na alma do menino que cresceu,
o desejo de escrever nunca mais acabou...
e hoje ele recorda com saudade
dos tempos que ser menino é ser grande.
porque vê toda a vida à sua frente...
o menino hoje já não usa caneta,
nem cadernos de linhas com muita vaidade,
o menino hoje, escreve para muita gente...
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