quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Na Esplanada...
Vazia está a esplanada onde me sento,
lusco-fusco, algum relento,
nada peço, apenas admiro a paisagem...
Passam as pessoas, absortas,
e não me vêm ( ou fingem não ver),
sinto-me como noutra margem
perdido no próprio ser...
Telemóvel perdido na mão,
(fingimento de ocasião),
como se algo fora acontecer...
(Como é triste a solidão...)
O cigarro é boa companhia,
ondas subindo na imaginação,
brilho da chama em ascensão...
Alguém se senta a meu lado,
perfume barato, em evaporação,
e um piscar de olhos...sem razão...
Finjo não ver...não é a ocasião,
e puxo de outro cigarro...
O fumo inebria meus sentidos,
sensações, prazeres proibidos...
Porquê adiar o que tem de ser??
Levanto-me num ápice e digo:
Queres um cigarro??
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A solidão é maior quand estamos rodeados de pessoas que vao e vem , sem nos ver !
ResponderEliminarou vendo sem perceber.
um poema em prosa ,ineressante!
oh belo poeta , boa noite , declino do cigarro (faz mal a saude)rs
**O portugues de Portugal privilegia as "esplanadas"
que ao pé da letra significa terraço ao ar livre ou mesmo um elevado.
No Brasil chamamos bares .
abraço