sábado, 21 de agosto de 2010
Desnorte
Escrevo e tudo apago, jogo fora.
O que sai de mim, é contradição,
nada bate certo, parece conspiração
do meu eu, com o meu mundo.
Estranho modo de vida, irreflectida,
talvez crescida de forma precoce...
Parto para a estrada, esperança na mão.
De cabeça oca, vazio no coração,
a cada carro que passa, um assobio,
um buzinão, talvez até um palavrão
pelo desnorte do viajante,
que cambaleia na contramão.
Amiga é a berma que me dá poiso,
que me aceita, que ouve meus queixumes,
que se abre em cova funda,
que me cobre de flores silvestres,
e no momento do adeus, vai sorrir,
por sentir a paz em meu partir...
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Oi Alex
ResponderEliminarpoesia do bem , leve e bem humorada.
"partindo para a estrada" ... será?
estou mais pra sentar a beira da estrada ...
bom domingo