até onde pode viajar o pensamento,
se livre de nostalgia e com todo o tempo
do mundo?
fecho os olhos, e a tudo o que possa retirar
toda a solenidade dum momento ímpar
e tão profundo...
de asas brancas, quais anjos imaginários,
surgem todos os rostos, livres, solidários,
ainda que num breve segundo...
eles, os meus anjos, compreendem
o meu grito contido, ao vento proibido
de contar histórias, memórias,
sim, que o tempo lembra como vivido.
afago cada um (os meus anjos) com luva de cetim,
e acaricio cada fio de cabelo
que um dia passou por entre meus lábios,
e tudo foi tão, mas tão belo...